«Não chegou». A conclusão de Bruno Lage depois do empate sem golos diante do Tondela, considerando que a sua equipa foi superior, criou muitas oportunidades, mas não conseguiu o essencial. Apesar de tudo, o treinador considera que a equipa ainda tem muita margem para crescer nas nove jornadas que faltam disputar.

«É um empate injusto. Fomos claramente a melhor equipa em campo, criámos várias oportunidades para marcar, temos condições para jogar melhor, mas pelas oportunidades que criámos merecíamos vencer o jogo. Quer em bola parada, quer em jogo corrido, remates na diagonal, remate frontais, mas lamentavelmente não nos permitiu ganhar o jogo e passar neste momento para a frente do campeonato», começou por destacar.

O Benfica teve, de facto, oportunidades para marcar, mas chegou ao final do jogo em branco. «As equipas vêm de uma paragem muito prolongada de três meses. Tivemos a oportunidade começar a trabalhar em campo há quatro semanas. Em termos coletivos não tivemos oportunidades de fazer, como na pré-época, sete, oito ou nove jogos-treino», prosseguiu.

Apesar do resultado negativo, Bruno Lage considera que a sua equipa tem margem para crescer e melhorar. «A equipa ainda vai crescer, não tanto na dinâmica, mas com um jogo mais rápido, mais veloz. Queremos crescer nas segundas bolas, a tirar os adversários da frente em um para um. Jogámos nos corredores, jogamos por dentro e jogamos por fora. Estivemos sempre equilibrados, nunca permitimos que o Tondela saísse em transição, que é o seu forte. Estivemos a jogar a ultima meia-hora no campo do adversário, mas não chegou», destacou.

O treinador explicou depois algumas das opções que tomou, como a substituição de Weigl. «Sentimos que estávamos preparados para jogar com mais um avançado e tinha de sair um médio. Nestas circunstâncias, entendemos tirar o Julian para dar uma oportunidade a Adel e a Gabriel. Um carrega mais o jogo, o outro chega mais perto da área», referiu.

Quanto à titularidade de Jardel em detrimento de Ferro. «Foi por uma razão. Pela forma como o Jardel se apresentou. Olho para o rendimento, independentemente da idade dos jogadores», comentou ainda.

Um jogo diferente, sem adeptos nas bancadas, mas Bruno Lage desvalorizou essa situação. «Não faltou alma, faltou uma massa humana de sessenta mil pessoas a puxar pela equipa. À medida que as oportunidades foram surgindo, como as do Rafa e do Jardel logo a abrir o jogo, a forma como os adeptos costumam apoiar-nos aqui em casa, seria mais um tónico para a equipa ter mais motivação, mas não é isso que justifica o nosso resultado», comentou ainda.