Jorge Jesus admitiu recuperar diante do Sp. Braga a defesa a três, sistema que os encarnados usaram pela última vez na derrota por 3-2 com o Arsenal, jogo que ditou a eliminação da Liga Europa.

«Tendo o Vertonghen, essa possibilidade pode colocar-se. Este ano já jogámos assim em quatro jogos. Numa delas, camuflada, vocês [jornalistas] não perceberam. Se jogar o Vertonghen, o Otamendi e o Lucas é fácil perceber que são três defesas no corredor central. Mas este ano já jogámos com três defesas no corredor central e desses três só jogámos com dois», afirmou, referindo-se depois ao jogo com o FC Porto no Estádio do Dragão.

Recorde-se que desde o referido jogo com o Arsenal o Benfica deu sempre prioridade a uma defesa com dois centrais, obtendo resultados positivos: não só venceu todas as partidas, como não sofreu qualquer golo.

«Não teve só a ver com a entrada do Lucas [Veríssimo]. Teve a ver também com a melhoria global da equipa em termos de treino. Isso fez com que a equipa não tenha sofrido golos nestes últimos jogos», observou o treinador dos encarnados, que foi depois questionado sobre se o setor defesivo era aquele que estava mais próximo daquilo que havia idealizado para a equipa.

«Falava-se dos golos que o Benfica sofria no primeiro terço do campeonato. E hoje é a segunda equipa menos batida a seguir ao Sporting. A equipa tem vindo a crescer nessa organização defensiva e ainda há muito para crescer. Defensivamente, o processo de treino passa muito mais pelo treinador. Ofensivamente também passa, mas aí tem a ver mais com as características e qualidades individuais. O treinador melhor a qualidade técnica do jogador quando ele a tem; quando não a tem, não consegue. Defensivamente, consegue-se pôr os jogadores a defender muito melhor mesmo não estando defensivamente num patamar muito alto. Isso é um trabalho que tem muito a ver com o treino, e a forma como o treinador pensa coletivamente», explicou Jorge Jesus.