Gabriel acredita que o Benfica ainda poderá recuperar a liderança do campeonato perdida para o FC Porto depois de os encarnados terem chegado a ter uma vantagem de sete pontos em relação ao rival.

Em entrevista ao Globoesporte, o médio brasileiro lembrou o que aconteceu em 2018/19. «Essa reviravolta que o campeonato deu em tão pouco tempo aconteceu no ano passado, mas ao contrário, quando fomos campeões.»

Gabriel dá como garantida a inevitabilidade de os restantes jogos desta época terem de se jogar sem público. «O que mais vai afetar é ter de jogar com os portões fechados, porque os adeptos fazem parte dessa competitividade e isso já vai ser diferente.»

À espera do regresso aos treinos para ter alta após lesão ocular que o afastou algumas semanas dos relvados, Gabriel acredita que os jogadores do Benfica não vão precisar de muito tempo para ficarem aptos para a competição.

«Não dá para voltar direto para jogar, mas vai ser um tempo menor do que numa pré-temporada normal. Acredito que bastam umas duas semanas. Temos uma condição privilegiada, eu pelo menos tenho um quintal, um espaço para treinar e sinto-me bem fisicamente. Nas férias normais, não temos esse cuidado que estamos a ter agora. E estamos a ser acompanhados pelo clube, só que em casa», disse o médio brasileiro.

Recorde-se que o Benfica concedeu aos jogadores um período de 15 dias de férias iniciado a 7 de abril. Gabriel disse não haver ainda previsão de nada e que isso é difícil para os atletas. «Ninguém tem informações precisas, de voltar dia tal, terminar dia tal. Ficamos apreensivos em casa, ninguém aguenta mais ficar sem jogar, sem treinar», admitiu.

O jogador de 26 anos praticamente só sai de casa para ir a centro de treinos buscar as compras que são tratadas por funcionários do clube e reconhece que esse é um privilégio ao alcance de poucos. «Acho muito difícil que outros clubes façam isso por aqui: esse acompanhamento tão completo que fazem para nos auxiliarem», rematou.