De regresso ao Benfica após seis anos de ausência, Jorge Jesus não poupou elogios à estrutura do clube e salientou as diferenças que encontrou durante a conversa com Cristina Ferreira no programa «Dia de Cristina» na TVI.

«Quando cheguei ao Benfica, o clube era uma coisa. Quando sai, já era outra coisa e manteve a hegemonia desportiva, conquistou títulos com o Rui Vitória e com o Lage. Agora voltei e o Benfica perdeu o título mais importante. O Benfica está completamente diferente e para muito melhor. As condições dentro do Seixal e na Luz, o espaço que é privado para os jogadores e famílias, é único. Duvido que alguma equipa do mundo tenha aquela qualidade. Não sentem que estão numa cabine para jogar um jogo futebol, mas sim num hotel cinco estrelas. Tenho de enaltecer o clube, é um trabalho de muita gente da equipa do presidente», atirou. 

O técnico do Benfica admite que lida bem com as piadas feitas sobre si próprio quando fala línguas estrangeiras e confessou que ainda esta quarta-feira falou «inglês de praia» com um jogador.

«Não falo bem inglês e tenho alguns jogadores que não percebem muito bem português. Hoje estava a falar para um jogador que percebe melhor inglês do que português. Falei-lhe num inglês de praia (risos) e ele percebeu. Disse-lhe: 'estás a ver como já sei bem inglês?'. Ele entendeu. Na Arábia Saudita tive de saber falar árabe, bem, saber algumas palavras em árabe. Aprendi sobretudo conceitos do jogo. Espanhol? É o meu forte», brincou. 

Por último, Jesus reiterou que não vai terminar a carreira nas águias e assumiu que pretende «conquistar a Champions e o Mundial de Clubes». 

«Neste momento a ambição passa por consolidar uma equipa para chegar a finais como a história do Benfica. O que quero daqui a uns tempos? Sossegado nunca vou estar. Tenho muitos projetos na minha cabeça. Quando sai para a Arábia Saudita, disse que voltava. Era a minha convição. Acho que não vou acabar a minha carreira em Portugal. Não se pode ter certeza, mas há sempre um 'mas' e um 'mais' que vou à procura. Não sei se vou conseguir... Não faço a minha vida de projetos. Esta etapa no Brasil foi muito bonita e nunca mais me vou esquecer. Quem ama futebol, tem de ir ao Maracanã. Amei o povo brasileiro, que é alegre, vive o futebol e não tem problemas em dizer que te ama», concluiu.