O jogo com o Marítimo, na ressaca da eliminação do Benfica das competições europeias, vai encerrar um ciclo de dois jogos por semana para a equipa de Bruno Lage.
Na antevisão ao jogo com a equipa insular, o técnico das águias foi questionado a respeito do facto de ter agora mais tempo para treinar, elemento que já considerou várias vezes ser crucial para a consolidação de processos, e se sentia que algumas ideias se perderam devido à ausência de treinos num período de elevada carga competitiva.
«Vão-se perdendo algumas coisas, mas faz parte e nós temos de tentar perceber qual a melhor maneira de fazer evoluir a equipa e apresentar sempre a melhor equipa», assumiu Bruno Lage.
«O ter tempo para treinar é determinante e o facto de estarmos constantemente a jogar, a viajar e estarmos constantemente preocupados com a recuperação física e mental é um desgaste enorme», referiu ainda, admitindo que a pressão acrescida nesta fase da época, na qual a margem de erro é menos, contribui para esse desgaste. «É só olhar para aquilo que é, não só em Portugal, mas na Europa com as equipas que estão, tal como nós, a disputar títulos até ao limite.»
Bruno Lage garantiu no entanto que o plantel não sente uma pressão acrescida pelo facto de estar agora apenas numa frente: a do campeonato português.
«A pressão existe sempre. Nestas grande equipas, como é o caso do Benfica, sentimos essa pressão desde o início. Tínhamos vários objetivos: a Taça UEFA [Liga Europa], de Portugal e em determinada altura conseguimos colocar também do nosso lado o objetivo de vencer o campeonato. A pressão que temos é chegar ao jogo, fazer boas exibições e oferecer ao nosso público bons espectáculos. E nesta fase errar o menos possível para conquistar os três pontos em cada jogo e terminar na primeira posição», apontou antes de voltar ao assunto mais à frente.
«Os jogadores do Benfica têm no mínimo de pensar como o treinador. Um treinador de equipa grande não pode pensar muito no que perdeu. Tem é de olhar para a frente e para aquilo que pode ganhar. E acredito que os jogadores também têm essa mentalidade. Neste período em que eu estou à frente da equipa, após um jogo menos conseguido, a equipa soube sempre dar uma boa resposta.»
