A titularidade de Jardel e Fejsa em Frankfurt na passada quinta-feira foi um dos temas abordados na conferência de imprensa de Bruno Lage que serviu para lançar o jogo com o Marítimo.

O treinador do Benfica recusou a ideia de que o pouco ritmo de jogo dos dois jogadores tenham afetados as perfomances em campo e lembrou as apostas recentes.

«Se assim fosse, nunca teria colocado há três meses e meio o Félix. O que importa retirar disto é que de um momento para o outro estamos só a falar do nosso capitão, o Jardel, e do Fejsa, que é o nosso melhor médio e quando se lesionou, em Guimarães, parecia que já não havia equipa sem Fejsa», começou por dizer, referindo por exemplo que o sérvio quis jogar há alguns meses com um dedo do pé partido.

«De um momento para o outro, o Tino e o Ferro, que estavam comigo na equipa B, passam a ser os melhores. Tem de haver um ponto de equilíbrio na minha gestão como treinador e, fundamentalmente, enquanto homem e ser humano. (...) Com tantas competições em jogo, eu não poderia abandonar estes dois homens, nem vou abandonar. Mas as decisões sempre foram em função do rendimento», frisou.

Bruno Lage fez ainda uma metáfora, pegando no exemplo dos jornalistas presentes na sala. «É quase como vocês terem 20 anos de uma carreira brilhante, depois chega alguém mais novo, assina dois ou três artigos bons e de um momento para o outro vocês já não contam mais e aquele indivíduo, só por ser mais jovem, passa a ser o tal especial. Não contem comigo para isso. Olho para o rendimento de cada um, mas também para o que é a gestão enquanto treinador e homem e ser humano», rematou.