Ljubomir Fejsa esteve ligado ao Benfica de 2013 a 2020 e guarda boas recordações da passagem pela Luz.

O médio sérvio, que cumpre a segunda temporada no Partizan, diz que mantém contacto com vários ex-companheiros e planeia tirar passaporte português em breve, uma vez que os filhos até nasceram em Lisboa.

Num exercício diferente do habitual, o jornal Zurnal confrontou Fejsa com os cinco jogadores de cada posição com quem mais tempo partilhou o relvado. Num universo de 386 futebolistas, há muitos do Benfica.

Logo na baliza, dois nomes de peso. «Ederson é de classe superior, defende de forma brilhante. Brasileiro, brincalhão e também gostava de beber. Tínhamos uma equipa muito boa. O Jan Oblak é incrível. Quando o comparo com o Ederson nem sei quem é melhor.»

Na lateral-direita, André Almeida foi um jogador que marcou Fejsa. «Jogador do Benfica quase toda a vida. Ele acolheu-me e ainda está lá. Um típico português, como dizem, tem o mesmo clube desde a infância até ao final.»

A dupla Jardel e Luisão também mereceu muitos elogios do internacional sérvio, que não esquece o jovem Victor Lindelof.

«Jardel e Luisão são duas lendas do Benfica. Chamaram-me a atenção assim que cheguei a Portugal. Quando o capitão diz duas ou três palavras, ficas arrepiado. O Luisão é um verdadeiro líder e o Jardel estava sempre ao seu lado, mais jovem, mas também top. O Lindelof rapidamente mostrou classe mundial, depois de um ano e meio saiu», recordou.

«O Grimaldo ainda hoje está no Benfica. É excecional, escola do Barça, tiki-taka. Um típico espanhol, pequeno, não tem metro e meio, mas com a bola... velocidade, agilidade, livres, remates, tem tudo», avaliou ainda.

Passando para o meio-campo, Fejsa revelou que quando chegou ao Benfica o clube já planeava vender Nemanja Matic, mas destacou que «as pessoas ficaram encantadas» com a dupla que os dois formaram. 

Fejsa, de 34 anos, recordou ainda que Luís Filipe Vieira, em 2020, não o queria deixar sair do Benfica para a Arábia Saudita pela importância que o médio teve, por exemplo, para Renato Sanches.

«'Como posso deixar-te ir? Vendeste-me o Renato Sanches, o Lindelof e o Félix?' Arrecadou milhões», lembrou.

De resto, Renato Sanches até já compensou a ajuda de Fejsa. «O Mateo [n.d.r. filho] segue o Partizan, Benfica e PSG. Ele está encantado com o Mbappé e o Neymar. O Renato está lá e eu liguei-lhe para gravar o Mbappé a dar os parabéns ao Mateo. Mostrei-lhe e ele derreteu de felicidade.»

No que toca a extremos, o ex-Benfica, quando confrontado com o nome de Almami Moreira, com quem jogou na primeira passagem pelo Partizan, falou também de Diego Moreira, que joga na equipa secundária dos encarnados.

«O filho dele é muito bom, joga no Benfica, falam bem dele. Se ele tiver cabeça, e acho que tem, vai ser bom», frisou.

Já Toto Salvio, era apelidado de «touro» por Fejsa e para Zivkovic perspetivava um futuro «num clube mais forte» do que o PAOK.

Ao nível de avançados, Jonas foi o melhor com quem jogou.

«O Mitroglou não corre, mas quando lhe dás a bola na área, podes ficar feliz. O Jonas também, foi o melhor avançado com quem joguei. Raul Jiménez, mexicano, é diferente, mais de correr. Gosto quando o avançado corre e te ajuda na defesa», recordou ainda.