No final do primeiro dia do interrogatório feito pelo juiz Carlos Alexandre, o advogado de Luís Filipe Vieira prestou algumas declarações à comunicação social. Magalhães e Silva confirmou que a «gravidade teórica» dos indícios apontados pelo Ministério Público existe, mas garante que o seu cliente se sente «inocente».

Em relação à continuidade ou não no Benfica, o causídico apenas referiu que essa terá de ser «uma decisão dele [Vieira]», a revelar «em tempo oportuno». 

Magalhães e Silva acrescenta que Vieira e a equipa legal que o defende mantêm a «mesma serenidade» que sentiram ao ler os mandados de busca e de detenção e que até disse «uma ou outra graça», afirmando ainda não saber «o que vai na cabeça do juiz Carlos Alexandre». 

«Indícios fortes? É a consideração do Ministério Público», limitou-se a afirmar. 

As diligências continuarão na sexta-feira, pelas nove horas e Vieira passará pelo menos mais uma noite à guarda da PSP, «muito triste» por tudo o que lhe está a suceder. «Ainda assim, vai dizendo uma graça ou outra.»

«Perigo de fuga? Toda a gente faz viagens hoje em dia», finalizou o advogado, desvalorizando a possibilidade da prisão preventiva.