Luís Filipe Vieira fica obrigado a permanecer na residência, mas sem pulseira eletrónica, até pagar três milhões de euros, sendo que tem 20 dias para fazer esse pagamento, de acordo com as medidas de coação determinadas pelo juiz Carlos Alexandre.

O presidente suspenso do Benfica pode, após pagar os três milhões de euros, deixar a prisão domiciliária, embora não possa abandonar o país e esteja proibido de contactar os restantes arguidos todos, menos o filho Tiago Vieira.

Também não pode contactar com nenhum administrador da SAD do Benfica, nem pode contactar com Nuno Sérgio Durães Lopes, com António Rodrigues de Sá, com Vítor Manuel Dantas de Machado, com José Gouveia, com José Chalbert Santos, com Vítor Fernandes e com qualquer administrador ou funcionário do Novo Banco.

De resto, o empresário Bruno Macedo vai ter de pagar uma caução de 300 mil euros, o filho Tiago Vieira paga uma caução de 600 mil euros e o empresário José António Santos paga uma caução de dois milhões de euros.

Todos eles têm também 20 dias para fazer o pagamento desta caução e estão proibidos de contactar com os restantes arguidos (a exceção é Tiago Vieira que pode contactar com o pai), bem como com com Nuno Sérgio Durães Lopes, com António Rodrigues de Sá, com Vítor Manuel Dantas de Machado e com José Gouveia. Além disso têm dez dias para entregar o passaporte.

Recorde-se que o interrogatório do juiz Carlos Alexandre aos quatro detidos na operação «Cartão Vermelho» terminou este sábado, tendo Luís Filipe Vieira sido o último a ser ouvido, o que aconteceu durante cerca de cinco horas.