Em entrevista à BTV, Rui Costa escalpelizou a construção do plantel do Benfica para 2022/23 e explicou entradas e saídas do clube de alguns jogadores que tiveram papéis importantes nas últimas épocas, como foi o caso de Julian Weigl, contratado em janeiro de 2020 ao Borussia Dortmund por 20 milhões de euros e agora emprestado ao Borussia Monchengladbach.

«O Weigl era um titular indiscutível das últimas épocas e pode fazer alguma confusão ter sido emprestado. Não chegou uma proposta para o Weigl para sair que considerássemos que fosse oportuno fazê-lo. O próprio até já admitiu que estava a perder espaço no plantel face ao modelo de jogo de Roger Schmidt e face à dinâmica que a equipa estava e está a ter. Manter no plantel um jogador que por duas épocas consecutivas foi um dos mais influentes da equipa, não era nem oportuno para ele nem para o Benfica», começou por justificar. 

«Por consequência, o seu regresso/empréstimo a um país que é o seu e onde se possa rentabilizar e acima de tudo poder lutar ainda por uma vaga para o Mundial, uma vez que estando a jogar com mais regularidade tem mais possibilidades. Não deixa de ser um jogador que é internacional alemão, que nós consideramos que seja um excelente jogador, mas acima de tudo temos de pensar até que ponto é benéfico ter o Weigl com pouca utilização na equipa, valendo o que ele quer desportivamente quer financeiramente. Daí o empréstimo para a Alemanha, para um clube que o desejou bastante», apontou.

O presidente do Benfica abordou ainda as saídas de Haris Seferovic e Soualiho Meité para o Galtasaray e a Cremonese, respetivamente. «O Seferovic iria perder espaço neste plantel. No ano passado, azarado e fruto de algumas lesões, acabou por perder espaço. (…) Em relação ao Meité, voltamos aqui a uma parte que também faz parte do projeto: nós podemos falhar a contratação de jogadores, mas aquilo que não é permitido dentro da casa é falhar o critério. Em relação ao Meité, não falhámos o critério, falhámos a adaptação do jogador. Porque é um jogador que em Itália, quer no Milan, quer no Torino, teve sempre prestações altíssimas. Precisávamos de um médio robusto na época passada e encontrámos em Meité essa solução. Apesar de todo o empenho, não se conseguiu adaptar ao nosso futebol», disse.