A transferência de Renato Sanches para o Bayern Munique representa, para já, um marco histórico do futebol português além fronteiras. Com a venda confirmada esta terça-feira, o médio do Benfica torna-se assim o primeiro jogador luso a alinhar na equipa bávara.

Em 116 anos de história, nunca o Bayern Munique havia contado nas suas suas fileiras com um jogador português, confirmando, de resto, uma tendência que se alarga a outros compatriotas.

Ao longo dos últimos anos foram vários os portugueses a competir na Bundesliga, mas não é de todo o destino mais provável, sendo poucos os casos de verdadeiro sucesso em terras germânicas.

Alex, Hugo Almeida, Zé António, Amaury Bischoff, ou mais recentemente João Pereira e Vieirinha são alguns exemplos, mas há três em particular que se destacam dos restantes.

Paulo Sousa venceu Liga dos Campeões e Supertaça da Alemanha ao serviço do Borussia Dortmund, em 1996/97. Fernando Meira, como capitão de equipa, guiou o Estugarda ao título em 2006/07, e Ricardo Costa, agora no Granada, conseguiu também proeza idêntica, ao ser campeão pelo Wolfsburgo em 2008/09.

A única exceção à regra, por assim dizer, foi a de Sérgio Pinto, jogador passou grande parte da carreira na Alemanha, onde chegou a capitão de equipa no Hannover. Depois de uma curta experiência nos espanhóis do Levante, o médio acabaria por regressar a terras germânicas, onde permanece até hoje no Fortuna Düsseldorf, do segundo escalão.

Entrada direta no «Top 5» das transferências mais caras do Bayern

Com a mudança para Munique, Renato Sanches consegue também outro feito. Os 35 milhões de euros pagos inicialmente ao Benfica, e é com base nesse valor apenas que é feita a contagem, coloca o jovem no «top 5» das transferências mais caras da história do emblema germânico.

Renato é, de acordo com o site Transfermarkt, o quarto jogador mais caro, à frente de nomes como Douglas Costa, Neuer (ambos 30 milhões), Ribéry (25 M€) ou Robben (24 M€).

Mais caros do que o médio de 18 anos só Götze, Vidal (ambos 37 milhões) e Javi Martinez, que custou aos cofres bávaros qualquer coisa como 40 milhões de euros em 2011, proveniente do Athletic Bilbao.