Odysseas Vlachodimos desvendou alguns detalhes da profissão de guarda-redes e da vida privada numa reportagem do Ausherzspiel, um canal de documentários no Youtube.

O guarda-redes grego, que está no Benfica desde 2018/19, assumiu sentir-se confortável no Benfica e em Portugal, país onde diz que as «pessoas são loucas por futebol», e revelou o ritual que tem nas vésperas dos jogos. «Lavo as minhas luvas antes de cada jogo ou mesmo antes de cada utilização. Quero livrar-me do revestimento que está sobre as luvas, para que a aderência seja ativada. Gosto sempre de as lavar em casa», disse enquanto mostrava a técnica de secagem do instrumento de trabalho. «Não. Faço isso eu mesmo», respondeu após ser questionado se era sempre ele a lavar as luvas e se não confiava a tarefa a ninguém.

Na luva esquerda, Vlachodimos tem gravados o nome e a data de nascimento da filha e a data do casamento e na direita os nomes dos dois gatos: Luna e Fluffy.

O guardião do Benfica explicou ainda por que razão escolheu jogar, há já vários anos, com o número 99 nas costas. «Não queria usar a camisola 1 porque foi dada a outro guarda-redes do Panathinaikos que já lá estava há muito tempo. Eu só queria ter o último número porque achava giro. Como se costuma dizer, nunca mudes as cosias boas. E isso tornou-se a minha marca registada e não quero deixar o número», disse.

A reportagem aconteceu no início de fevereiro, na altura do Benfica-Gil Vicente, jogo que os encarnados perderam por 2-1. Vlachodimos assumiu que o facto de ser guarda-redes obriga-o a gritar muitas vezes com os companheiros de equipa. «Penso que todos na equipa já me conhecem tão bem, que depois do jogo tudo o que foi dito é esquecido», referiu, assumindo ser difícil ver os colegas falharem «lá na frente» e não poder fazer mais para ajudar.