Julian Weigl alinhou nos últimos cinco jogos da época com uma fratura num dos ossos da mão esquerda.

O médio alemão magoou-se no derradeiro treino que antecedeu o jogo com o Liverpool para a 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, ainda na primeira quinzena de abril.

O diagnóstico do departamento médico dos encarnados confirmou a existência de uma fratura óssea e, ainda em Portugal, Weigl realizou um teste de última hora com uma proteção especial. Apesar das dores, sentiu, num cenário possível de simulação de jogo, que tinha condições para atuar sem quaisquer limitações e não hesitou em dar o contributo à equipa, e ser totalista, nos jogos diante de Liverpool, Sporting, Famalicão, Marítimo e FC Porto.

Apesar dos naturais receios de que a lesão pudesse agravar-se caso continuasse a competir e, no limite, inviabilizasse uma possível chamada à seleção alemã para a Liga das Nações no próximo mês de junho – voltou a ser chamado à Mannschaft em março após cinco anos de ausência – Weigl nunca equacionou parar. Para isso contribuiu também a forma como o departamento médico dos encarnados se empenhou no sentido de deixá-lo o mais confortável possível em campo e o feedback que lhe foi passado: não havia (e veio a confirmar-se) risco significativo de agravamento da lesão se jogasse com a mão devidamente protegida.

A dedicação de Weigl, sabe o Maisfutebol, foi muito apreciada por parte da estrutura do futebol profissional do Benfica, que registou mais um dos muitos exemplos de profissionalismo dados pelo médio de 26 anos desde que chegou ao clube no final de janeiro de 2020.

E representou, claro, menos uma dor de cabeça para Nélson Veríssimo que, ainda que contasse também com Meitë para a posição 6, sempre viu o francês mais como um 8 e, por isso, tinha no germânico o único jogador de raiz para o posto mais recuado do meio-campo.

Julian Weigl terminou a época no clássico com o FC Porto, já que viu nesse jogo o nono amarelo na Liga e terá de cumprir castigo no duelo da última jornada com o Paços de Ferreira. Fecha 2021/22 com 48 jogos pelo Benfica, três golos, cinco assistências e quase 4 mil minutos de utilização, um máximo de carreira.