Paulo Bento, treinador do Sporting, não escondeu o seu descontentamento pela forma como os leões saíram derrotados do Estádio do Dragão. Falcao marcou o golo do F.C. Porto e ainda falhou um castigo máximo. Polga foi expulso ao minuto 54 e Veloso seguiu as suas pisadas em período de descontos, soltando a fúria do técnico leonino:
«Foi um jogo nem sempre bem jogado, mas sempre disputado. Cometemos muitos erros nos primeiros quinze minutos e o F.C. Porto é forte no contra-ataque. A partir daí, o F.C. Porto foi superior, marcou, mas até final da primeira parte tivemos várias situação para chegar à igualdade: pelo Postiga, pelo Matias, pelo Vukcevic. Na segunda parte, o jogo teve um cariz diferente a partir da expulsão de Polga. O F.C. Porto não nos criou muitos problemas nesse período, mas tivemos dificuldades em chegar perto do golo. Fica o registo, lutámos até ao fim. Houve muito mérito do Sporting em jogar em inferioridade. Não colocando a vitória do F.C. Porto em causa, pelo que se tivéssemos empatado, não me pareceria desajustado.»
Sobre a exibição «A partir dos 15 minutos, o Sporting foi mais equilibrado. Dando vantagem ao adversário, torna-se muito complicado. Depois, no resto da primeira parte, e mesmo depois em inferioridade, estivemos bem. Fomos muito fortes, tivemos uma atitude e uma disponibilidade muito fortes, para não sair do jogo. Volto a dizer: se o resultado fosse um empate, penso que não seria injusto.»
Sobre a arbitragem: «Agora, o Vítor Pereira veio falar pela nomeação de que fez, dizer que os árbitros estão muito fortes. No ano passado, quando foi a final da Taça da Liga, ele acobardou-se. Como se acobardou em 2007/08, na Amadora, quando saiu uma circular só para os jogos do Sporting, uma hora e meia antes do jogo. Na sequência daquele atraso que originou o golo do F.C. Porto. Disse que o árbitro pediu desculpa ao Veloso. À segunda, não pediu desculpa, expulsou. Ao Meireles, vi logo que não ia expulsar. Analiso sempre o jogo. Tenho estima, apreço e respeito enorme por quem é tricampeão português, mas isso não implica que nós não possamos estar em desacordo. Quando foi a falta do Meireles, senti logo que ele não ia ser expulso, pela reacção do árbitro. Pediram desculpa ao treinador adversário pelo penalty mal assinalado, frente ao Olhanense, mas a mim não me pediram desculpa por penalty que ficou por marcar, nesse mesmo jogo.»
Sobre Anderson Polga: «Todos os jogos merecem reflexão. Mas por muito que vocês gritem, por muito que vocês digam, a equipa continuará a ser feita pelo treinador, enquanto eu cá estiver. Vocês, muitas vezes, só vêem o produto final. Há erros colectivos e individuais. O treinador tomará sempre e qualquer decisão e não se deixará influenciar.»
Sobre os oito pontos para o líder: «Não gostava de estar nesta situação e temos as nossas responsabilidades. Temos de analisar bem o lance do golo de hoje. O penalty é justo, a expulsão também, se calhar haveria mais por expulsar. E se calhar o lance do golo também merece um olhar mais atento. À segunda jornada, houve três mãos. A única que não foi assinalada, foi logo aos quatro minutos, no Sporting-Sp. Braga. Coincidência? Acredito pouco em coincidências.»