Afinal Adriano Galliani vai continuar no Milan. Silvio Berlusconi, proprietário do clube, anunciou este sábado que o dirigente que tinha anunciado a demissão vai manter os cargos de diretor executivo e vice-presidente do clube rossenero.

«Ao Milan voltou a calma. Adriano Galliani continua no seu posto», referiu o antigo primeiro ministro italiano em comunicado enviado à agência noticiosa Ansa. Este anúncio surge depois de Berlusconi e Galliani se terem reunido na noite de sexta-feira, num encontro que terá durado cerca de quatro horas.

Na sexta-feira, Adriano Galliani tinha anunciado que se ia demitir com justa causa, depois das divergências surgidas com a entrada na direção de Barbara, filha de Silvio Berlusconi. Adriano Galliano considerava que nos últimos dias tinha havido um sério dano à sua imagem e reputação, após os comentários que recebeu de Barbara Berlusconi sobre a gestão do clube.

O jornal italiano Gazzetta dello Sport revelava ainda que Adriano Galliano, de 69 anos, está a preparar a sua saída do Milan e que o montante indemnizatório dos mais de 27 anos ao serviço dos rossoneri poderá ascender a 50 milhões de euros.

«Com ou sem acordo financeiro, apresentarei a minha demissão por justa causa nos próximos dias. É normal haver mudanças, mas não assim. As coisas fazem-se com elegância», refere Galliani.

O dirigente acrescentou ainda que «quando alguém é ofendido, tem que ter a força e a inteligência para não se precipitar, deixar passar algum tempo, e ter a lucidez para tomar decisões».

Falta saber se Galliani também mantém o cargo de diretor desportivo, depois da imprensa italiana ter anunciado um acordo próximo com Paolo Maldini para ocupar o cargo.