Não será excessivo escrever que Bernardo Silva é a pérola mais reluzente da equipa B do Benfica. Formado nas águias, o talentoso médio já tem contrato profissional até 2019 e uma cláusula de rescisão no valor de 30 milhões de euros.

Bernardo explica que o valor, aparentemente desproporcionado, serve para o Benfica mantê-lo «seguro». «Se algum dia um clube me quiser vir buscar, a última palavra é do Benfica. Não são as cláusulas que põem mais pressão em cima dos jogadores», diz Bernardo numa entrevista ao Correio da Manhã.

Numa conversa longa, Bernardo diz não sentir qualquer pressão extra para chegar ao plantel principal, pois as coisas «vão acontecer naturalmente» e ainda fala sobre Jorge Jesus.

«Não temos muito contato, mas sei que acompanha os nossos jogos regularmente. Espero que o faça [risos]. Ele transmite algumas ideias ao mister Hélder Cristóvão, tanto aspetos mentais, como a nível tático e isso é positivo, é sinal de que está atento aos nossos jogos, até porque quer que nós joguemos da mesma maneira que a equipa A», refere Bernardo Silva.

E continua. «É um treinador exigente, mas isso é uma coisa boa. Não sei até que ponto é duro com os jogadores mas eu gosto de exigência e de técnicos que exigem o máximo».

Numa curta viagem ao passado, Bernardo recorda os tempos em que era apanha-bolas e se sentava ao lado do banco do Benfica.

«No ano em que o mister Chalana foi treinador principal ficava sempre ao lado do banco de suplentes. Adorava o Mantorras pelas mística. Só por entrar ou ir aquecer levantava o estádio e levava alegria às pessoas», recorda o jogador do Benfica.

Rui Costa também merece palavras por ser «uma referência». «Era um dos meus jogadores preferidos até porque fez a formação no Benfica, como nós. Está sempre presente e no fim dos jogos fala muito connosco e diz-nos o que devíamos ter feito de forma diferente e aquilo que fizemos bem».

Por fim, Cristiano Ronaldo. «Merece a Bola de Ouro. É um dos melhores jogadores de sempre, ao nível de Eusébio. Jogar ao lado dele? Seria um sonho, mas não vivo em função disso».