José Eduardo Bettencourt fez questão de explicar o incidente que marcou o final da conferência de imprensa da formalização da demissão de Paulo Bento, na passada sexta-feira. Alguns jornais deram destaque a uma tentativa de agressão do presidente a um sócio, mas o dirigente diz que se limitou a tirar o casaco e que o referido adepto não passa de um «cretino» que está a associado a uma facção «terrorista».
«É-me completamente indiferente, até podia ser manchete. Não me importo nada com isso, como em todas as sociedades, temos de viver com o terrorismo, mas os sportinguistas e eu próprio vamos combater esse terrorismo. Se quiserem escrever a história completa, não digam que agredi o sócio. É um cretino, sócio noventa e tal mil, ou seja, não tem estatuto, nem currículo para se bater com a maioria dos sócios», destacou este sábado.
O presidente acusa o referido sócio de ter participado em várias tentativas de destabilização do clube, fazendo referência a algumas manifestações que foram públicas, e diz que está a ser apoiado por uma facção que está identificada pela polícia. «É um cretino e este ano é a sétima vez que nos provoca. Está nos aeroportos, invade instalações e que se arroja ao direito de dar entrevistas. É um indivíduo que não trabalha sozinho, que aparece com cartazes produzidos que são caríssimos. A faixa da minoria absoluta que foi exibida custa os olhos da cara. Não é uma faixa pintada pelas nossas claques que não têm nada a ver com isto. São uma minoria de cretinos financiada e apoiada por pessoas que sei quem são e que a polícia sabe quem são», referiu.
A fechar o assunto, Bettencourt diz que vai recorrer a todos os seus poderes para afastar o referido sócio do clube. «Vou fazer tudo para correr com ele de sócio do Sporting. Não admito que no nosso clube ter sócios desta qualidade. Sei muito bem quem sapo, sei bem quem é o Herri Batasuna (Partido Nacionalista Basco) cá do sítio», acrescentou ainda.