A Polónia concedeu asilo à atleta bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya, que denunciou ter sido forçada a retirar-se dos Jogos Olímpicos e conduzida compulsivamente ao aeroporto de Tóquio para regressar a casa por ter criticado a sua federação nas redes sociais.

A atleta deveria ainda competir nas eliminatórias dos 200 metros esta segunda-feira, mas revelou no domingo à Reuters que pediu proteção à polícia japonesa no aeroporto de Tóquio de forma a não ser embarcada à força, rumo ao seu país. Em causa estará uma publicação de Krystsina Tsimanouskaya no Instagram a criticar as opções dos treinadores bielorrussos, acusando-os de «negligência», depois de várias atletas que deveriam competir nos 4x400 metros  terem ficado impedidas de viajar devido à falta de testes antidoping.

Este incidente ocorre num momento em que o regime do Presidente Alexander Lukashenko prossegue uma repressão generalizada sobre os opositores com o objetivo de terminar em definitivo com o amplo movimento de contestação de 2020 contra a sua reeleição para um quinto mandato.

Esta segunda-feira, a atleta foi para a embaixada da Polónia em Tóquio, para pedir asilo, como se pode ver no vídeo abaixo.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Marcin Przydacz, publicou nas redes sociais que a «Polónia está preparada para ajudar» a desportista e assegurou que lhe «foi oferecido um visto humanitário e que é livre de continuar a sua carreira desportiva na Polónia se assim o desejar».