Mohamed Bin Hammam vai concorrer contra Sepp Blatter para a presidência da FIFA, a realiza-se em Junho deste ano. O candidato baseia a campanha na transparência e na tecnologia, prometendo diminuir a influência europeia e sul-americana no futebol mundial.

«Depois de muito estudo, consulta e consideração, adicionados a muito amor e paixão pelo futebol, acreditando que o jogo é sobretudo competição leal, decidi candidatar-me a presidente FIFA no dia 1 de Junho no congresso da FIFA», informou, sem deixar de destacar os apoios: «Espero o apoio do continente asiático, mas também das outras confederações onde tenho muitas amizades e bons relacionamentos. Espero que essas pessoas me apoiem.»

Sobre o actual presidente FIFA e adversário, Bin Hammam disse: «Blatter é uma pessoa experiente. Ele contribuiu bastante para o futebol mundial, mas acredito que há um tempo limite para tudo», explicou, sem deixar de frisar: «A mudança é necessária e precisa».

Sepp Blatter procura a quarta reeleição consecutiva para o cargo. Bin Hammam considerou ter «50-50» de hipóteses de se tornar o nono presidente da FIFA e o primeiro da Asia.

O asiático de 61 anos, que desempenhou um papel preponderante em garantir os Campeonato do Mundo de 2022 no Qatar, questionou a eficiência FIFA em áreas técnicas e legais. O candidato já divulgou alguns dos seus objectivos do presidente FIFA: «Aumentar os membros da direcção FIFA de 24 para 41, diluindo, assim o poder da Europa e da América do Sul» no futebol. Apoiar a tecnologia da linha de golo.

Blatter de 75 anos está à frente do futebol mundial desde Junho de 1998 e não é desafiado desde 2002, quando derrotou o presidente da confederação africana, Issa Hayatou.