Foram 100 jogos pela selecção mexicana, pontuados por 34 golos e duas presenças em Mundiais (em 1998 e 2002). A conquista de duas Taças de Ouro da Concacaf, em 1996 e 1998, foi o ponto mais alto de uma carreira internacional concluída esta quarta-feira, na vitória por 2-1 sobre o Canadá. Aos 35 anos, Cuauhtemoc Blanco, o inventor da finta celebrizada como «Cuautemiña», despediu-se dos adeptos tendo direito a uma volta de honra, aos ombros de companheiros e adeptos.
Como habitualmente, nos últimos tempos, Blanco não integrou as escolhas de Sven Goran Eriksson para o onze inicial do México. Mas com a vitória segura, graças a golos de Omar Bravo e Rafael Marquez, o técnico sueco acedeu aos cânticos provenientes das bancadas, lançando Blanco para os últimos sete minutos de apoteose.
«A decisão foi minha e de mais ninguém e não a mudo por nada deste mundo. Sempre disse que devíamos ser capazes de sair no tempo certo e estou feliz por dizer adeus numa altura em que tenho a estima dos adeptos», afirmou o jogador no final da partida, acrescentando: «Sempre dei tudo o que tinha em campo, especialmente na selecção. Se for possível ter uma despedida no estádio Azteca, acho que não posso pedir mais nada».
Por sua vez, o seleccionador Eriksson prestou homenagem ao craque, actualmente o nome mais destacado do Chicago Fire, que tem o segundo salário mais alto da MLS, só atrás de David Beckham: «Espero que ele não se tenha sentido desrespeitado por só jogar sete minutos, mas fiz o que era melhor para a equipa, garantindo primeiro a vitória. Se a nossa vantagem fosse mais ampla, Blanco teria jogado mais tempo, mas ainda assim penso que demonstrei o meu respeito por ele ao colocá-lo em campo nos últimos três jogos», frisou o sueco.
Recorde os melhores momentos da carreira internacional de Blanco:
Dez grandes golos

«A Finta» e outros grandes momentos

Melhores momentos na selecção mexicana

Golo de livre ao Real Madrid