O auto-proclamado salvador do Boavista está a ser julgado por burla e falsificação de documentos no Tribunal de Viana de Castelo. Sérgio Silva, o homem que prometeu aplicar 38,5 milhões de euros no clube portuense, responde por outro processo que nada tem a ver com futebol, mas deixou algumas indicações curiosas.
O «investidor» apresentou-se como administrador de uma empresa chamada «Fast Answer» e garantiu que aufere apenas 650 euros por mês. Sérgio Silva explicou ainda que a referida companhia dedica-se à gestão de participações de empresas noutras sociedades.
«A empresa não foi constituída por mim. Eu fui nomeado administrador, há três meses. Ganho o ordenado mínimo, tiro 650 euros por mês», referiu, perante a estranheza do juiz.
Sérgio Silva é acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de falsificação de documento, por alegadamente ter aposto, pelo seu próprio punho, a assinatura de terceiros num contrato com um banco e num cheque.
Os factos remontam a 2004. O MP acusa Sérgio Silva de ser um «delinquente primário», mas como as quantias envolvidas não são elevadas considera não se afigurar «como aplicável uma pena de prisão superior a cinco anos».
Os crimes de burla e de falsificação de documento são puníveis com penas que podem ir até aos três anos de prisão. A falsificação qualificada pode ir até aos cinco anos de prisão.