João Loureiro revelou esta noite que não equaciona recandidatar-se à presidência do Boavista. Em entrevista à SIC Notícias, o actual presidente de clube e SAD garantiu que o seu percurso no emblema axadrezado vai mesmo chegar ao fim. Aqui ficam as passagens mais fortes:
«Só abri hipótese de me recandidatar se não houvesse candidatos. Sei que vou surpreender algumas pessoas, aproveitando para agradecer os que me apoiaram e os que trabalharam comigo ao longo deste tempo, mas decidi não me recandidatar, em definitivo. Falei com a minha família, trabalho há doze anos para o Boavista de forma gratuita, e chegou a altura de pensar em mim. É uma questão, sobretudo, do foro pessoal.»
«Haverá eleições e logo a seguir também já pedi eleições na SAD, para que o novo presidente do clube tenha também possibilidade de garantir novos nomes para a SAD. Vou garantir estabilidade neste período e, como associado, posso continuar a ajudar. Não pretendo ocupar qualquer outro cargo. Posso apenas ajudar num ponto, o que me faltou fazer, que foi o aumento de capital.»
«Os jogadores do Boavista têm os seus salários regularizados. Quando a ex-jogadores, estamos a falar de acordos de rescisão. Uma vez que damos prioridade aos que estão ao serviço do clube, é verdade que num caso ou noutro não temos os meios para cumprir exactamente o que foi previsto. Nesses casos, falamos com os jogadores para procurar novos acordos. Há uns que aceitam, há outros que não. Há muitos casos que se falaram no ano passado e estão resolvidos, como Paulo Turra e Martelinho, outros não.»
«Ainda não consegui o aumento de capital, senão essas situações já estavam resolvidas. Se o Boavista tivesse os apoios que merecia, na construção do estádio, não teria de recorrer a empréstimos. Desde meados de 2003 que o Boavista tem de pagar um milhão de euros por semestre à banca. O Boavista foi discriminado em relação aos três grandes.»
«Que vou fazer agora? Tenho outros interesses na vida. Sou advogado, tive sucesso na música, e quero recuperar um pouco dessas coisas que fui perdendo. Regressar à música? Quem sabe. De vez em quando, vou-me reunindo com as pessoas que tocavam comigo, gravamos umas coisas e quem sabe se não volto mesmo.»