João Loureiro voltou a ser eleito presidente do Boavista, cinco anos depois de ter deixado o cargo. Houve 567 votos no candidato único e sete nulos, para 574 sócios votantes num universo de seis mil eleitores.

O dirigente sob cuja presidência o Boavista foi campeão nacional, em 2001, tinha saído em 2007, tendo deixado o clube, atualmente na II Divisão, numa situação que se foi degradando, até ter aderido agora ao Processo Especial de Revitalização (PER), assumindo a insustentabilidade financeira e com dívidas próximas dos 50 milhões de euros.

Um ano depois de sair, João Loureiro foi condenado no caso «Apito Final», que sentenciou o clube a descer de divisão, a quatro anos de suspensão. Essa decisão da Comissão Disciplinar da Liga foi confirmada na reunião do Conselho de Justiça que continua a ser contestada na justiça. O Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) rejeitou recentemente o recurso apresentado pela Federação à decisão, em primeira instância, da anulação dessa decisão do CJ.

Loureiro foi ainda julgado e condenado em primeira instância em fevereiro de 2011 a dois anos de prisão, com pena suspensa por cinco anos, por abuso de confiança fiscal quando liderava o Boavista, sob acusação de lesar o fisco em 3,4 milhões de euros. Em dezembro de 2011 o Tribunal da Relação anulou essa decisão e remeteu-a de novo à primeira instância. Em 2010, foi igualmente julgado no caso do Boavista-E. Amadora emergente do processo Apito Dourado, tendo sido absolvido, tal como Valentim Loureiro, seu pai e na altura do jogo em causa (abril de 2004) presidente da Liga de clubes.