O presidente do Boavista deu uma conferência de imprensa, no final de um encontro com os associados, no Bessa, na qual garantiu que começou a duvidar do falso investidor Sérgio Silva há bastante tempo. Referindo-se ao pintor de automóveis como «aquela pessoa enigmática», Joaquim Teixeira explicou o que se passou.
«A partir de determinada altura comecei a sentir que algo não estava bem. Sempre que tive duvidas e questionava o António Seabra, que me dizia que isto é para avançar». Recorde-se que António Seabra é o administrador judicial do Boavista, nomeado por tribunal, e foi também o responsável pela entrada de Sérgio Silva no Bessa.
Foi ele, aliás, que apresentou o falso investidor aos dirigentes axadrezados. O administrador judicial referia que era o contabilista de Sérgio Silva, que sabia que ele era uma pessoa com capital financeiro e que inclusivamente estava a avançar para mais negócios. «Já estamos a negociar com outro investidor», terminou Joaquim Teixeira.
Antes disso, o presidente axadrezado, que se apresentou na conferência de imprensa acompanhado de toda a administração da SAD do Boavista, já tinha dito ter «todas as condições de continuar à frente dos destinos do Boavista». «Tenho toda a legitimidade para continuar como presidente porque fui eleito pelos associados», referiu.
Joaquim Teixeira garantiu que tem tido um apoio «inequívoco» da parte de toda a restante direcção axadrezada. «É preciso continuar a lutar», referiu. «Nós vamos conseguir levar este Boavista para a frente. Temos estado em contacto com o Beira Mar e sempre houve abertura para dialogar», disse, referindo-se ao pedido de insolvência.
Refira-se por fim que Joaquim Teixeira só apareceu na cena mediática ao final da tarde, depois de se ter alheado de todas as negociações feitas durante a tarde entre o Boavista, o Sindicato e os jogadores. Segundo foi possível apurar, o presidente ainda esteve na reunião matinal da direcção no Bessa, mas afastou-se depois por estar muito desgastado.