Jaime Pacheco, treinador do Boavista, considera que a vitória sobre o Penalva do Castelo é importante e teve uma dose de sofrimento, dado que o adversário deu sempre boa réplica:
«Foi um bom jogo de futebol, porque o Penalva do Castelo teve uma boa exibição. Esperávamos isso mesmo, porque existe sempre uma motivação especial nestes desafios. Tudo o que o Penalva do Castelo fez não me surpreendeu e também há sempre um certo facilitismo da nossa parte. Interessava-me, acima de tudo, continuar na Taça, porque temos ambições na competição. Neste sentido, fizemos um jogo com base na realidade, na eficácia, com espaço para um ou outro jogador que tem trabalhado bem. O trabalho de formação é muito importante para nós e hoje estreou-se mais um, o Nuno Pinto, que esteve sempre muito tranquilo. O Hugo Monteiro também entrou muito bem e é nestes jogadores que assenta a mística do Boavista. Puseram o amor à camisola em prática e fez com que chegássemos ao terceiro golo numa altura em que o jogo estava a ser muito difícil. Agora, esperamos continuar a ter a sorte no sorteio que temos tido até aqui, enfrentando em casa equipas de escalões inferiores».
Carlos Agostinho, treinador do Penalva do Castelo, salientou a boa exibição da sua equipa no Bessa: «Tínhamos algumas limitações, entre elas tivemos dificuldade para arranjar um lateral-esquerdo para este jogo. Defrontámos um adversário forte e sofremos o primeiro golo de bola parada, numa situação para a qual os jogadores já estavam avisados. O segundo surgiu em resultado de uma falha de marcação. Entrámos bem na segunda parte, chegámos ao 2-1 e houve entusiasmo natural dos jogadores, mas acabámos por sofrer o terceiro golo quando arriscámos tudo. Fizemos o possível para dignificar o clube e a Divisão. Se tivéssemos marcado o 2-2 seria tudo mais difícil para o Boavista, arriscámos tudo e com um adversário como o Boavista sabíamos que estávamos sujeitos a sofrer o terceiro golo, porque tem jogadores que desequilibram».