Peter Jehle já não é jogador do Boavista. O guarda-redes chegou esta quinta-feira a acordo com os axadrezados e sai a custo zero do Estádio do Bessa. Após longos meses de espera pelo pagamento dos muitos salários que tem em atraso, o atleta alcançou o entendimento com o clube e ambas as partes avançaram para uma rescisão amigável.
O Maisfutebol falou com o guardião do Liechtenstein e confirmou esta indicação. «Infelizmente teve de ser assim. Esperei até hoje. É uma decisão muito dura, mas tinha de pensar na minha família e na minha carreira», desabafou Jehle, uma das figuras mais importantes do Boavista ao longo da última temporada.
«Após a greve que fizemos em Abril, apenas recebi um mês de salário, para defrontar o Nacional. Depois disso nunca mais me pagaram um único euro. Desejo a maior sorte do mundo a este clube que tanto adoro, mas sou profissional e não podia esperar mais para decidir o meu futuro.»
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Um futuro que ainda é incerto. Peter Jehle, de 26 anos, pretende continuar a jogar em Portugal, tem sido sondado por alguns emblemas, mas começa também já a olhar para outros mercados.
«O meu empresário Ulisses Santos tem sido abordado por vários clubes, tanto de Portugal como de outros países. A minha vontade é ficar por cá, mas se não for possível rumarei a outra liga europeia», explicou Jehle, o dono das redes da selecção do Liechtenstein.
Peter Jehle chegou a Portugal no Verão de 2006, mas só na época de 2007/08 se tornou o dono incontestável das redes do Boavista. Remeteu Carlos para o banco de suplentes, efectuou 21 jogos completos na Liga Bwin e foi eleito o melhor jogador da competição no mês de Dezembro.