A notícia de que jogadores do Boavista vão ser vendidos em hasta pública pelas Finanças surgiu esta sexta-feira. É um processo de execução fiscal que, nos termos da Lei, vai ser amanhã publicitado num órgão de comunicação social e que decorre da situação de dívida fiscal que está neste momento em processo de solvência.
O Maifutebol apurou então em que condições vai ser agora executado o processo de execução fiscal ao Boavista em relação aos bens penhorados. Estes bens são os sete jogadores em questão. Para o dia 10 de Dezembro, às 10h00, está marcada no Serviço de Finanças do Porto 4 a venda por meio de carta fechada dos bens penhorados. É esta data que também o Boavista refere como limite de regularização da sua situação fiscal.
Os bens enumerados são os direitos desportivos de Marquinho, com valor-base de venda de 210 mil euros; Hugo Monteiro (525 mil euros); Nuno Pinto (525 mil euros); Ricardo Silva (350 mil euros); Essame (560 mil euros); Gilberto (140 mil euros); e Mário Silva (350 mil euros).
As propostas para adquirir a titularidade destes direitos devem ser apresentadas em carta fechada até à data referida, a da venda. No acto da venda deverão ser depositados pelos menos 1/3 do valor proposto a pagar, acrescido de IVA, tendo os restantes 2/3 de ser depositados nos 15 dias seguintes à venda.
Enquanto não é paga pelo Boavista, os trâmites legais para o pagamento da dívida estão em curso e o semanário Sol deu conta na edição on-line de hoje que os jogadores do Boavista vão ser vendidos em hasta pública. O Maisfutebol , entretanto, falou com o presidente do Sindicato dos Jogadores e Joaquim Evangelista considerou os efeitos que este caso pode ter; no caso, é uma situação inédita, mas que, na prática, deverá ser inócua.
Como reacção às notícias adiantas, o Boavista respondeu em comunicado que tem seis jogadores (não terá incluído Nuno Pinto emprestado ao Trofense) dados como garantia de que paga as dívidas que tem para com as Finanças. E o candidato único à presidência do clube, Joaquim Teixeira, já afirmou que pretende reunir-se o mais rapidamente possível com o presidente demissionário, João Loureiro.