Peter Jehle
A origem inusitada motiva a desconfiança, apesar das excelentes indicações deixadas pelo guarda-redes do Liechtenstein nos jogos contra a selecção portuguesa, entre as goleadas lusas. Chegou ao Bessa para uma época de parca utilização e, mudada a concorrência, voltou a experimentar a sensação do banco. Recentemente, ganhou a corrida a Carlos e tem justificado a titularidade. Elástico e vistoso nas intervenções, compensa alguma falta de segurança com a resposta pronta a remates dos adversários. Na etapa complementar, comprovou isso mesmo.
Jorge Ribeiro
Começam a faltar as palavras para descrever o novo símbolo do Boavista. Recuperou a alegria para jogar e, quando centra atenções no seu futebol, Jorge Ribeiro prova que tem qualidades técnicas e físicas para chegar a patamares superiores. Ensopou o equipamento mas recolheu o prémio na recta final do encontro, apontado o segundo golo dos axadrezados. 3º tento na Liga 2007/08.
Vukcevic e João Moutinho
Durante a etapa inicial do encontro, Vukcevic foi o único elemento do Sporting com capacidade para nivelar, em termos de combatividade, os duelos com os homens do Boavista. Destaque num sector intermediário demasiado macio, Vukcevic conseguiu ganhar vários duelos a Gilberto e conquistar a linha de fundo, mas faltou-lhe o devido acompanhamento na área contrária. Na segunda metade do encontro, como vem sendo hábito, o montenegrino caiu de produção, deixando a condução de jogo para João Moutinho. O capitão do Sporting beneficiou da entrada de Izmailov para regressar ao centro e colocar a sua clarividência ao serviço do colectivo. Moutinho provou que faz falta no eixo.
Marcelão
A carga superlativa no nome do defesa brasileiro assenta-lhe bem. Marcelo intimida pela presença mas acrescenta capacidade técnica e tranquilidade ao seu jogo, indo para além de um central duro, com missão única de destruição. Está a consolidar um bom entendimento com Ricardo Silva, que também produz efeitos em lances ofensivos, de bola parada. Ao minuto 39, o português ganhou ganhou o duelo nas alturas a Tonel e Marcelão beneficiou da passividade do compatriota Anderson Polga para inaugurar a contagem. 4º golo do defesa contratado ao modesto Vila Nova.
Bruno Pinheiro
Exemplo de abnegação, simboliza o futuro deste Boavista, conservando a tradição dos homens formados no Estádio do Bessa. A cara de miúdo engana os adversários, mas a enorme voluntariedade tornam Bruno Pinheiro num elemento influente na esquematização defensiva do Boavista. Uma vez mais, o central surgiu no lado esquerdo. Fora do seu espaço, jogando com o pé direito, foi superando dificuldades para cumprir a missão.
Diakité
Quem ousa disputar uma bola dividida com esta força da natureza?
Anderson Polga e Tonel
A defesa do Sporting apresentou uma descoordenação fora do normal, concedendo demasiados espaços a adversários velozes e chatos q.b. Tonel falhou alguns cortes pelo ar e foi batido por Ricardo Silva no lance do golo do Boavista. Anderson Polga, para além de ter ficado completamente imóvel enquanto assistia à entrada vitoriosa de Marcelão, tentou sair a jogar em várias ocasiões, denotando lentidão na recuperação.
Purovic
Saiu do Estádio do Bessa com o registo de uma bola no poste mas, durante largo período, foi um exemplo sofrível da falta de soluções do Sporting. Opção incontornável para a parceria com Liedson, Purovic vai procurando aproveitar as oportunidades mas deixa bastante a desejar quando tem de dar mais de um toque na bola. Com Liedson completamente alheado do jogo, Purovic surgiu não raras vezes longe da área, procurando participar no processo de construção. Um erro crasso.