O Boavista anunciou esta quinta-feira ter requerido a abertura de um Procedimento Extrajudicial de Conciliação junto do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento).
Trata-se de uma forma do clube procurar junto do instituto público a mediação para um acordo com a Segurança Social e o Fisco, de forma a desbloquear a situação na Liga de Clubes e poder dessa forma inscrever jogadores.
Esta não é a primeira vez que o Boavista requer um Procedimento Extrajudicial de Conciliação. Já nos tempos de João Loureiro o clube recorreu ao IAPMEI, mas o acordo acabou por ser interrompido por incapacidade financeira.
No passado E. Amadora e Maia, por exemplo, já conseguiram ultrapassar a falta de certidões do Fisco e da Segurança Social através de um acordo com o IAPMEI que lhes permitiu regularizar a situação na Liga de Clubes.
Ainda esta quarta-feira o Fisco divulgou a lista de devedores, na qual o Boavista vem no topo, como uma das sete empresas que estão no escalão máximo de contribuintes colectivos em falta, com dívidas superiores a cinco milhões de euros.
Recorde-se que o Boavista está impedido de registar novos contratos de jogadores por não ter apresentado a tempo as certidões do Fisco e da Segurança Social em como possuía a situação regularizada a 30 de Abril de 2008.
Recorde-se também que o Boavista tem, no limite, até ao dia 11 ou 12 de Agosto para apresentar uma lista de 12 jogadores na Liga. Para além de estar obrigado a conseguir os 12 jogadores necessários, o Boavista tem até essa data de desbloquear a impossibilidade de inscrição dos mesmos, sob pena de ser excluído da Liga Vitalis.