Gérard Lopez, accionista maioritário da SAD do Boavista, concedeu uma longa entrevista à rádio RMC de França, falando sobre aspetos relacionados com a gestão de Bordéus, Mouscron, Lille e o emblema axadrezado.

Em relação ao Boavista, impedido pela FIFA de inscrever jogadores devido a uma dívida de 200 mil euros a Adil Rami, o empresário recordou a situação financeira que encontrou inicialmente: «Quando peguei no Boavista, havia 54 milhões de euros em dívida. Abati parte da dívida, mas ninguém fala disso. O clube só recebeu na segunda-feira a autorização para participar no campeonato e também vai ter a sua autorização para inscrever jogadores.»

«É o quinto clube que eu salvo da despromoção e o presidente do Boavista já disse várias vezes que o dinheiro que colocámos salvou o clube. Quando sou criticado, há pessoas que não conhecem os números. Hoje em dia, o clube está na primeira divisão, com bons jogadores e a começar a desenvolver a formação, com os sub-13 como campeões e os sub-17 (ndr. sub-19) a subirem à primeira divisão. Ninguém fala disto, porque é fácil criticar o Gérard Lopez», desabafa.

O caso envolvendo Adil Rami, defesa campeão do mundo pela França, em 2018, que representou o Boavista na temporada 2020/21, não passará por Gérard Lopez, de acordo com as declarações do accionista maioritário da SAD axadrezada.

«Ele não está em conflito comigo, porque eu não faço parte da direção. Eu não vou às reuniões da direção, há uma grande diferença entre ser prioprietário e tomar decisões. Porque é que o Boavista não lhe paga? Isso tem de perguntar ao Boavista. Explicaram-me que houve mau comportamento do jogador, mas não posso confirmou ou negar isso, porque nunca falei com ele», remata o empresário.