Lito Vidigal acredita que o Boavista ainda pode terminar a Liga no sétimo lugar, mas lembrou que o objetivo da manutenção foi alcançado muito antes do jogo com o Marítimo, da 34.ª e última jornada.

«Se conseguirmos ganhar é possível chegar a essa posição, mas o nosso objetivo, até pelas dificuldades que fomos encontrando, era a manutenção e esse já foi conseguido», referiu o técnico do Boavista, atual 10.º classificado, em conferência de imprensa relativa ao jogo de sábado, na Madeira.

Lito Vidigal reforçou que o Boavista tem de «competir e tentar ganhar» sempre, «independentemente do adversário e do jogo».

«Foi sempre sobre isso que trabalhámos, competir para vencer todos os jogos. A nossa mentalidade é vencer e este jogo não foge à regra», enfatizou, excluindo que possa existir alguma descompressão pelo facto de o grande objetivo para esta época, a manutenção, já ter sido conseguido.

Lito Vidigal disse acreditar que «também se pode dar o contrário», como aconteceu no último jogo em casa, frente ao Sp. Braga, que os axadrezados ganharam por 4-2.

«Também já tínhamos o objetivo conseguido e, se calhar, porque houve alguma descompressão, arrancámos a melhor exibição da época com um resultado bom e com muitos golos, contra uma equipa fortíssima», analisou.

Questionado sobre se iria dar oportunidade a jogadores que não jogaram ou foram menos utilizados, Lito Vidigal admitiu algumas alterações, como sucedeu diante do Braga, mas não por aqueles motivos.

O médio ganês Yaw Ackah, de 19 anos, estreou-se diante dos minhotos como suplente utilizado e, segundo Lito Vidigal, está «convocado» para embate com o Marítimo.

O treinador «axadrezado» descreveu ainda o Marítimo, orientado por Petit, que também já dirigiu o Boavista, como «um adversário forte, que joga em casa, mudou muito e encontrou cinco ou seis jogadores muito bons no defeso».

Instado a fazer um balanço do que foi o percurso do Boavista desde que assumiu o comando técnico da equipa, à 20.ª jornada, Lito Vidigal destacou que o segredo foi o «trabalho e em todas as profissões é preciso tempo, repetir várias vezes para se adquirir a perfeição».

Lito Vidigal acrescentou que «o caminho foi muito duro e penoso» porque «num clube grande e histórico os resultados menos bons são muito mais pesados», considerando que «os adeptos tiveram o comportamento adequado» às necessidades da equipa.