Boris Johnson afirmou esta quinta-feira que a vontade do Partido Conservador de ter um novo líder do partido e, consequentemente, um novo primeiro-ministro do Reino Unido «ficou clara» - na sequência de 60 saídas no seu executivo governamental - e que, por isso, «o processo de escolher um novo líder deve começar agora». Numa declaração ao país a partir do nº10 de Downing Street, o ainda primeiro-ministro britânico adiantou que o calendário será anunciado na próxima semana: «Continuarei a servir até que haja um novo líder».

«A razão pela qual lutei tanto nos últimos dias para continuar o mandato não foi apenas porque quis mas porque era o meu trabalho, o meu dever e a minha obrigação», justificou, acrescentando: «Estou muito orgulhoso dos objetivos alcançados por este Governo», elencando o Brexit, a pandemia e a guerra como bons exemplos de governação.

Frisando que foi eleito com a maior maioria desde 1987 e a maior percentagem de votos desde 1979, Boris Johnson assumiu que «ninguém é remotamente indispensável» e admitiu que está «triste» por desistir do «melhor emprego do mundo». Aliás, o primeiro-ministro revelou que tentou persuadir os colegas de que mudar de líder seria «excêntrico». Mas não conseguiu:

«Lamento não ter sido bem-sucedido nessas discussões e, claro, é doloroso não ser capaz de ver tantas ideias e projetos sozinho. Mas, como vimos em Westminster, o instinto de rebanho é poderoso».

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