Bracali assume que o Olhanense vai no próximo domingo ao Estádio do Dragão com o propósito de evitar ser atropelado pelo F. C. Porto. Um dos trunfos para concretizar esse objetivo passa pela ausência de obrigação em relação a uma vitória, dada a capacidade que os dragões têm mostrado no percurso do campeonato.

«O F C Porto é, atualmente e disparada, a equipa mais forte do campeonato. É um jogo em que não temos obrigação de nada, temos é que entrar e dar o nosso máximo. Ainda neste fim-de-semana atropelaram o Guimarães. Temos é que preparar bem a semana, sabendo que vamos ter mais um jogo do campeonato, que se antevê difícil», observa Bracali, guarda-redes do Olhanense, e que está no Algarve emprestado pelos campeões nacionais.

«Estive um ano no F. C. Porto, e adorei. Apesar de ter jogado pouco fui muito feliz e vivi sentimentos inesquecíveis, como ter sido campeão nacional e ter participado na Liga dos Campeões e de ter convivido com grandes jogadores. Fiz muitos amigos e é sempre especial e gratificante voltar ao Estádio do Dragão», recorda.

Para Bracali, o treinador Vítor Pereira é o principal condutor do trajeto (quase) imaculado, que a máquina portista está a efetuar. «Ele é muito atento e participativo e é por isso que o F. C. Porto, hoje, está tão bem. Ele gosta de ver e analisar, para passar tudo para os seus jogadores. Foi bom ter vindo, ele é, e comigo foi, uma pessoa sensacional, e está bem no F. C. Porto. Dou-lhe os parabéns por isso», disse, sobre a presença do treinador dos dragões no jogo do Olhanense com a Académica, realizado no passado domingo.

Os algarvios têm tido algumas dificuldades devido à falta de jogadores, cenário que está a desanuviar e que permitirá maior tranquilidade para encarar os objetivos da equipa. «Temos tido alguns contratempos devido a lesões e falta de jogadores, e o treinador tem que improvisar. A maioria dos jogadores têm estado a jogar em segundas posições, e não nos seus lugares de origem, desdobrando-se para ajudar o Olhanense a conquistar pontos. Mas o futebol é assim, e todos têm que estar disponíveis para jogar em qualquer posição. Não tem sido fácil, mas com o retorno dos lesionados e dos jogadores que estiveram na CAN, e com a entrada dos novos jogadores, acredito que teremos maior estabilidade», conjetura Bracali.

Para o guarda-redes brasileiro, a saída de Sérgio Conceição e as ideias do treinador Manuel Cajuda, já estão assimiladas pelo grupo de trabalho. «É o futebol¿ sai um entra outro. Já compreendemos o que pretende o novo comando técnico e compete-nos continuar a trabalhar e a estar sempre disponível para ajudar a conseguir o objetivo principal, que é a manutenção», disse.