O Brasil foi acordado este sábado com a notícia da revista Veja que dá conta de um esquema de corrupção nos campeonatos brasileiro e paulista, esquema esse já baptizado de «A Máfia do Apito». A notícia provocou o caos no futebol brasileiro, com a detenção dos árbitros apontados como corrompidos, para além de alguns clubes - Vasco da Gama e Figueirense, por exemplo - terem pedido a anulação dos jogos referidos como manipulados.
Segundo a publicação, onze jogos do futebol brasileiro foram manipulados pelos árbitros Edílson Pereira de Carvalho - um juiz internacional que já admitiu a culpa acrescentando que a corrupção se estendeu a jogos da Taça Libertadores - e Paulo José Danelon, a pedido de uma quadrilha de corruptores integrantes de uma máfia que apostavam em sites da Internet. Para assegurar o sucesso das apostas, a quadrilha da zona de São Paulo corrompia os dois árbitros.
A Confederação Brasileira de Futebol anunciou que os árbitros acusados de envolvimento na suposta rede de manipulação de jogos já foram suspensos de toda a actividade, enquanto a Polícia Federal já deteve e encaminhou para prisão preventiva o árbitro Edílson Pereira de Carvalho e um empresário de nome Nagib Fayad também implicado na manipulação do resultado dos jogos. O árbitro entretanto defendeu-se dizendo que foi obrigado a entrar no esquema de corrupção porque a quadrilha de apostadores ameaçava a sua família. Certo é que o Grupo de Actuação Especial e Repressão ao Crime Organizado já investiga este caso há cerca de um ano, admitindo que há muitos mais implicados que serão presos brevemente.