As famílias das vítimas do acidente que aéreo que vitimou grande parte do plantel da Chapecoense criticaram a forma como o clube conduziu, esta terça-feira, o evento que antecedeu o jogo com o Atlético Nacional, para a Supertaça Sul-americana, considerando que se tratou de uma festa e criticando os excessos.

A mulher de Danilo, guarda-redes que perdeu a vida no acidente, foi uma das queixosas. «Hoje não é dia de festa, fogos de artifício, de comemorações. Isso dói para nós que perdemos a nossa metade naquela noite», lamentou Letícia, através das redes sociais.

E esteve longe de ser a única. Graciela Missel, esposa de Marcio Koury, considerou o evento «exagerado».

«Foi uma festa. Uma coisa é ser grato, fazer uma homenagem. Gratidão todos nós temos, pois o povo colombiano fez muito bonito e auxiliou-nos em tudo o que foi preciso. As famílias, especialmente, sentem muita gratidão, mas o que aconteceu foi uma festa de Carnaval, foi um show pirotécnico, show de música. Acho que ainda dói muito, é muito recente. E não tem como não lembrar de Medellin, da Colômbia sem sofrer. Não acho que seja a hora de tanto alvoroço», defendeu, em declarações ao Globoesporte.

As famílias enlutadas queixam-se ainda de falta de atenção do clube. O filho de Caio Júnior, o treinador falecido, também criticou a postura recente da Chapecoense face às famílias. Aliás, algumas viúvas apresentaram, recentemente, ações na justiça pedindo indemnizações.