Domènec Torrent sucedeu a Jorge Jesus no comando do Flamengo, mas o início está a ser complicado. As vitórias demoraram a surgir e na semana passada, os rubro-negros sofreram mesmo a pior derrota de sempre na Libertadores, 5-0. Mesmo quando vence, o futebol que equipa apresenta ainda não conquistou muitos adeptos no Brasil.

Por isso, o tema da continuidade é geralmente abordado nas conferências de imprensa do treinador. Voltou a acontecer após a vitória por 2-1 frente ao Barcelona de Guayaquil, em que o Flamengo tinha sete baixas devido à covid-19.

«Os jogadores não são máquinas, treinámos juntos 10 dias. Se não há tempo para treinar, como analisar. O Klopp não ganhou nada no Liverpool no primeiro ano, mas agora tem uma equipa maravilhosa. Eu não controlo, estou focado em trabalhar duro», afirmou Domènec Torrent aos jornalistas.

«Que continuidade? Aqui se perde um jogo, está fora. Na Europa é diferente», acrescentou, admitindo que considera que «perder 5-0 é uma vergonha».

Além da covid-19 e da ressaca da goleada com o Independiente Del Valle, a semana do Flamengo no Equador foi ainda perturbada por um vulcão ativo em Guayaquil, que impediu a equipa de treinar no domingo.

«Vocês não sabem o que aconteceu aqui. Não pudemos treinar. A pressão não é para mim, é para a direção. Eu não posso controlar isso, não quero perder um segundo do meu trabalho com isso. O que acontece fora eu não posso controlar. Uma equipa precisa de trabalhar, precisa de tempo. Se vocês não entenderem isso, eu não posso explicar, nós precisamos de tempo. Não o Dome, qualquer técnico brasileiro também», acrescentou, temendo novos casos de covid-19 no plantel.

«Não sei o que vai acontecer amanhã, pode ser que tenhamos mais jogadores positivos. Amanhã os jogadores vão fazer recuperação e outros vão treinar. Precisamos treinar juntos. Jogamos os 35 minutos iniciais como treinámos ontem. Estou muito agradecido pelo esforço dos jogadores.»