O centro de treinos do Flamengo, onde um incêndio deflagrou na última madrugada provocando dez mortos e três feridos, não possuía certificado contra incêndios, segundo informaram os bombeiros do Rio de Janeiro.

Segundo a corporação de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro (CBMERJ), citada pelo jornal Estadão, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), documento que atesta que a instalação cumpre com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.

No entanto, o corpo de bombeiros frisou que a inexistência desse documento não implica que o local não fosse seguro: «É importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo CBMERJ», ressaltou a corporação, de acordo com o Estadão.

Segundo informações reveladas pelo jornal Folha de São Paulo, a área em que o Flamengo construiu o alojamento das suas categorias de formação e que acabou por ser destruído pelo fogo, tinha permissão da prefeitura do Rio de Janeiro para funcionar apenas como estacionamento, conforme uma autorização concedida ao clube no ano passado.

As vítimas mortais resultantes do incêndio são quatro jogadores da equipa de juniores do Flamengo, quatro funcionários do clube e dois atletas que estavam no local para realizarem testes.

O centro de treinos Presidente George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, é utilizado pela equipa de futebol profissional do Flamengo e pelos escalões de formação.

A estrutura desportiva em causa é considerada uma das mais modernas da América Latina e possui um módulo para a equipa profissional do Flamengo, dois campos de treino e um espaço específico para a preparação de guarda-redes, além da área de alojamento para atletas das camadas jovens, que foi atingida no incêndio.

Em 2018, o Flamengo, que é o clube mais popular do Brasil, inaugurou uma nova estrutura para a equipa principal e deixou as antigas instalações para os jogadores das categorias jovens do clube.