Jackson Follmann, futebolista da Chapecoense, foi um dos sobreviventes do desastre aéreo que vitimou quase toda a equipa brasileira, perto de Medellín, na Colômbia. O jogador brasileiro falou sobre os momentos que se seguiram ao acidente e garante que quer ter uma vida normal.

O guarda-redes sobrevivente explicou que imediatamente a seguir à queda do avião gritou: «Não quero morrer.» Segundo o jogador, as luzes do avião «apagaram-se» e logo depois «o avião começou a flutuar lentamente».

«Foi tudo muito rápido. Abri os olhos, estava muito escuro e muito frio. Tiritava de frio e gritava: ‘Socorro, não quero morrer’. Alguns amigos, que ainda estavam vivos, também gritavam. Ouvi as equipas de resgate chegar e gritaram: ‘Polícia Nacional’», relata o jogador brasileiro em entrevista à Globo.

Follmann foi internado num hospital de Medellín, na Colômbia, só voltou a estar consciente quatro dias depois, e lembrou o momento da visita da mãe.

«A minha mãe entrou e falou comigo. Foi muito difícil.

Ela chorava muito quando abri os olhos», disse o guarda-redes.

Jackson Follmann, a quem tiveram de amputar a perna direita, garantiu que os planos a curto prazo passam por recuperar completamente do acidente e casar-se.

A 28 de novembro de 2016, a queda do avião da companhia boliviana Lamia perto de Medellín, na Colômbia, causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa de futebol brasileira.