Hailé Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, acusou Walter de ser «débil mental», na sequência do caso que o afastou do clube. Recorde-se que Walter foi despedido do Goiás por agressão num treino ao colega Matheus, algo que o antigo jogador do FC Porto apelidou de «acidente de trabalho».

«O Walter dececionou-me muito», começa por dizer Hailé Pinheiro, em entrevista ao «Portal 730», jornal de Goiânia. Hailé conta que foi a pessoa do clube que mais fez força para o regresso do jogador, num negócio complicado e de muito dinheiro.

Não esperava, então, esta espécie de traição.

«Na quinta-feira que antecedeu o carnaval, eu chamei o Walter ao meu escritório e conversamos por mais de três horas. Disse-lhe que se não levasse a sério a condição física dele, não jogaria mais futebol. O joelho já não estava a aguentar o peso dele», conta.

Hailé Pinheiro diz mesmo as palavras que usou: «Disse-lhe: ‘Walter, tens que entender que tens mais uns quatro ou cinco anos de futebol e depois não vais ser mais nada. Vais ser mais um gordo no mundo. Ganha juízo. Tens duas filhas, duas mulheres, estás a torrar o teu dinheiro’.»

O dirigente diz que foi uma autêntica conversa de pai para filho, a que se seguiu um telefonema para a primeira esposa de Walter, a fim de tentar uma reconciliação que fizesse o jogador entrar nos eixos. «Ela disse-me que o Walter tinha aprontado muito com ela. Eu falei ‘Deixa disso, todo homem apronta mesmo, joga futebol, há muita Maria Chuteira, não leves isso a sério’», conta.

De nada adiantou, contudo. A conversa entre o jogador e o dirigente foi às 18 horas de uma quinta-feira. No dia seguinte, aconteceu o caso no treino.

«Você quer que eu faça o quê? Vi que as minhas palavras não valeram nada para o Walter! O Walter é um débil mental, não está no seu juízo perfeito. Estamos muito aliviados do Walter ter ido embora», finalizou.