As declarações recentes de Luís Castro, que se tornaram virais, «pedem» uma reflexão no futebol, e em particular no Brasil, onde o contrato do treinador parece ainda mais frágil. Abel não acredita que a mudança de mentalidade possa sentir-se a breve prazo, mas apoia o discurso do compatriota e colega de trabalho.

«Enviei-lhe uma mensagem. Quando ele era treinador do meu Penafiel, eu ainda era gandula (ndr. apanha-bolas). Fiquei muito contente com a forma como ele falou. Espero que alguns de vocês entendam a profundidade das palavras dele. Os trabalhos longos têm a ver com quem manda. Tenho que dar o parabéns ao presidente dele. Mesmo que fiquem dez anos no clube, só um vai ganhar, e é isso que não entendem aqui. Todos querem ser campeões, mas só um vai ser», referiu Abel, após o empate do Palmeiras com o Bragantino de Pedro Caixinha.

«Tudo que é cultural, mudança de mentalidade, demora décadas a mudar. Cada país tem uma história. Eu não acredito que essa mentalidade vá mudar tão cedo aqui. Os seus netos vão ver essa cultura. Mas vou dar os parabéns ao Luís e ao presidente, que o aguentou», acrescentou.