A poucas horas de defrontar o Ferroviária em jogo a contar para a Copa do Brasil, Augusto Inácio, técnico do Avaí, mostrou-se ciente das dificuldades que vai enfrentar, até porque é um jogo a eliminar.
 
«É um jogo muito importante, de mata-mata, quem perder fica fora. Vamos defrontar uma belíssima equipa, muito bem trabalhada, uma equipa rápida. Um adversário muito dinâmico, que quando ganha a bola no meio-campo parte com seis homens para o ataque. É uma equipa que joga com alegria», começou por dizer na antevisão do jogo.

Apesar das dificuldades que espera encontrar, o treinador de 65 anos não escondeu o desejo de ganhar o jogo em Araraquara esta quinta-feira. «Posso-vos dizer que a equipa está mais preparada para este jogo, quer mentalmente, psicologicamente ou fisicamente. Cada vez estamos a ficar melhores», prosseguiu.

O treinador português também falou sobre a possibilidade de lançar já os mais recentes reforços. «Ter os nomes aqui é uma coisa. Ter aqui os jogadores para contar é outra. Adryan? Ainda não fez um treino comigo. Kelvin? Chegou agora, está num processo em que esteve onze meses parado [na verdade são menos de três meses]. Vamos com calma, vamos recuperar esses jogadores», afirmou.

Inácio falou ainda sobre as grandes diferenças entre o futebol brasileiro e o futebol europeu, lembrando ainda a sua principal luta.
«O jogador brasileiro gosta muito de bola no pé, mesmo quando a bola é lançada em diagonal. A tendência é bola no pé. É esta a diferença que eu noto aqui, o jogador não gosta de bola em profundidade e eu não vejo o futebol assim. O jogador brasileiro tecnicamente é o melhor do mundo, mas essa é a grande luta que tenho. Não é fácil mudar o chip», admitiu.