Está para nascer um personagem mais identificado com o FC Porto do que Sérgio Conceição. Até devem existir personagens com a mesma identificação, ligação e paixão. Maior? Não acredito.

Campeão como jogador e como treinador (13 títulos oficiais, no total). Líder dentro e fora das quatro linhas. Uma figura - que já ganhou estátua - ímpar do futebol português.

Entre erros e acertos, de perseguido a perseguidor, Conceição é o que é. Seguramente e/ou justamente, há quem não goste e não se reveja naquele que sentado no banco foi o único vencer duas vezes a dobradinha pelos dragões.

Ninguém, no entanto, pode acusar o treinador portista de ser falso ou ter duas caras. Faz o que quer. Fala o que pensa - obviamente, isso não lhe garante imunidade às acusações e punições.

José Maria Pedroto, Artur Jorge, António Oliveira, Jesualdo Ferreira, José Mourinho e André Villas-Boas são treinadores gigantes nos quase 130 anos de FC Porto. Indiscutíveis. Mas arrisco dizer que Sérgio Conceição atingiu o posto de maior de todos na história azul e branca.

Maior não é sinônimo de melhor. E vice-versa.

* Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil.