Bruno Basto esteve ao lado do presidente do Sindicato de Jogadores, Joaquim Evangelista, durante a apresentação de um estudo sobre o número de estrangeiros na Liga portuguesa. O lateral esquerdo, actualmente com 31 anos, está desempregado e participa no estágio promovido pelo organismo, enquanto aguarda convites. Paulo Sérgio, jogador que passou por Sp. Braga e V. Guimarães, também lamenta a situação.
«É uma situação nova para mim, estar no desemprego. Dizem que o jogador português é caro? Se um jogador oriundo da formação recebe três salários mínimos, alguém acredita que um estrangeiro vem para cá ganhar menos? Os clubes têm de lhes pagar casa, carro e viagens de avião para a família. As inscrições também são mais caras. Contas feitas, um estrangeiro não fica mais caro?», questiona Bruno Basto.
Paulo Sérgio, de 33 anos, teme pelo futuro. «O que mais me preocupa é a identidade do jogador português. O jogador português é muito requisitado e reconhecido lá fora, porque tem qualidade técnica e melhorou muito em termos tácticos. Contudo, aqui, isso não acontece. Os jogadores também deviam falar mais, denunciar as situações, porque este é o nosso ganha-pão, não andamos aqui a brincar», desabafa o extremo.