A Polícia Judiciária e o Ministério Público encontraram pagamentos a Bruno Paixão, por parte da empresa informática que terá servido de "saco azul" ao Benfica, noticiam a TVI e a CNN Portugal.

De acordo com a informação avançada pelos dois canais, a firma «Best for Business» de José Bernardes, que é arguido no processo "saco azul" que envolve o emblema da Luz por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

No entanto, informa a TVI que a investigação, ao descobrir pagamentos a Bruno Paixão pela empresa de José Bernardes, suspeita de corrupção desportiva.

À TVI, o antigo árbitro admitiu ter sido pago, mas «apenas por um serviço de controlo de qualidade» à empresa. Bruno Paixão diz que se trata de uma coincidência e explicou: «Conheço José Bernardes, e, aqui há uns anos, durante alguns meses, tentei implementar um sistema de controlo de qualidade, o ISO 9001, na empresa Best for Business.»

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O processo do "saco azul" do Benfica arrancou em setembro de 2018. A investigação indicava suspeitas sobre a utilização de uma empresa de informática para fazer sair dinheiro do clube, sob a justificação de serviços de consultadoria alegadamente fictícios.

A Procuradoria Geral da República confirmou a «existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa, no qual se investigam factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal».

A acusação aponta a emissão de faturas de serviços fictícios de uma empresa de informática, pagas pelo Benfica, no valor de 1,9 milhões de euros. Essa quantia teria sido paga pela SAD encarnada durante seis meses, a troco de serviços que não foram prestados. Esse dinheiro seria depois levantado em numerário e serviria para fazer outro tipo de pagamentos.