Entrevistado pelo «Diário Popular» do Paraguai, Maurito Caballero recordou a polémica associada à sua transferência do Libertad para o FC Porto, ainda a ser analisada pelo Tribunal Arbitral de Desporto.

«Foi capricho de algumas pessoas, pois nós tivemos sempre a intenção de sair a bem do clube. Entendemos que era o momento de dar um passo importante na carreira», disse o jovem avançado da equipa B portista, considerando que o diferendo «foi injusto de todos os pontos de vista».

O caso fez até com que Caballero fosse afastado da seleção sub-20 do Paraguai. «Colocaram os acordos internos acima do lado futebolístico. Penso que consegui méritos desportivos suficientes para representar o meu país», disse o jogador, que continua empenhado em jogar pela seleção, e que também não fecha a porta a um regresso ao Libertad, no futuro.

Filho de um ex-jogador, «Maurito» garantiu aos compatriotas do «Diário Popular» que o apelido não lhe garantiu nenhum privilégio: «Chamamos a atenção por causa das boas exibições, do trabalho diário. O apelido ajudou-me a amadurecer mais rápido, a entender que o futebol é disciplina e que os treinos são fundamentais. Não me incomoda ouvir que sou o filho do Caballero, pois o que o meu pai conseguiu foi brilhante, e eu, aos poucos, estou a conquistar o meu espaço».

A viver em Portugal há pouco mais de um ano, «Maurito» Caballero foi também desafiado a escolher entre Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. «Mil vezes Cristiano», respondeu. «É o melhor do mundo atualmente, sem dúvida», acrescentou, embora mostrando também admiração pelo argentino, e defendendo que Messi e Ronaldo são muito diferentes.