O semanário Sol adiantou esta sexta-feira, na edição online, que o Marítimo e o treinador do Vitória de Guimarães, Manuel Cajuda, foram, na semana passada, constituídos arguidos por fraude fiscal. O técnico português reagiu ao assunto esta noite, na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo com o PSG. Cajuda disse desconhecer tal facto.
«Na passada semana não me chegou qualquer informação sobre isso, a partir daqui só poderei falar com o meu advogado», disse o treinador, que orientou o Marítimo em 2003/04 e 2004/05. De acordo com o Sol, o emblema madeirense pagava a jogadores e treinadores através de empresas sedeadas em off-shores, ou seja, os pagamentos não eram declarados nem às Finanças nem à Segurança Social.
O Marítimo também negou o caso, com o administrador da SAD, Rui Nóbrega, a declarar à Lusa «desconhecimento absoluto» sobre o processo. O Sol avança que os principais dirigentes do emblema insular foram constituídos arguidos «por decisão do Ministério Público, no âmbito de um inquérito crime que investiga fraude fiscal e branqueamento de capitais».
Diz o semanário que o processo tem meia centena de arguidos e os «investigadores suspeitam de que parte dos salários dos profissionais do Marítimo eram pagos como direitos de imagem, sendo os respectivos contratos feitos, por exemplo, com a Arwa Development Inc., empresa ao serviço do Marítimo registada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.»