No início de Novembro, falou-se em Manuel Cajuda como um dos candidatos para substituir Paulo Bento no comando técnico do Sporting. O treinador do Sharjah não confirma se realmente existiu algum tipo de abordagem dos responsáveis leoninos. O técnico admite, no entanto, que o facto de terem ligado o seu nome ao do Sporting o «honrou».
Em declarações ao Maisfutebol, Cajuda confirmou que mantém o sentimento de que «um dia» será «treinador de um grande de Portugal». Porquê? Porque sente que é «capaz». Mas não perde demasiado tempo a pensar nisso.
Há pouco tempo disse que continuava a «sentir» que um dia será treinador de um grande de Portugal. Mantém essa ideia?
«Continuo. Porque sinto que sou capaz de sê-lo. Nunca fui, mas não sou minimamente piegas para sentir-me frustrado ou acabado para deixar de dizer que, um dia, hei-de sê-lo. Perdemos demasiado tempo a pensar em determinadas coisas e eu tenho muitas coisas boas em que pensar, por isso, não vale a pena parar para pensar nisso.»
Já existiram contactos para representar um grande, nomeadamente o Sporting, quando saiu Paulo Bento?
«A única coisa que tenho a dizer em relação a isso é que só o facto de, eventualmente, ter sido uma hipótese para substituir Paulo Bento no comando técnico do Sporting dignificou-me como treinador e honrou-me como homem.»
Mas existiram, ou não, contactos?
«A única coisa que tenho a dizer é o que já disse. O simples facto de se pôr a hipótese de poder ser treinador do Sporting dignificou-me como treinador e honrou-me muito como homem. Mas não falo mais sobre isso. O Sporting tem treinador. É um bom treinador e não tenho de falar sobre algo que não faz parte da minha vida.»
Foi apontado como uma possibilidade para o Sporting depois de sempre ter assumido que o Benfica é um dos amores da sua vida. Acha que as pessoas conseguiriam separar as coisas?
«Acima de tudo há profissionalismo. Não gosto de falar sobre os grandes porque existe sempre quem não saiba separar as coisas. Pode haver alguma dureza no meu discurso, mas, infelizmente, só eu é que sou adepto de um clube. Ninguém jogou no Benfica, Sporting ou F.C. Porto. Ninguém é benfiquista, sportinguista ou portista. Tive coragem de dizer a verdade. Parece que não posso dizê-la, mas os outros podem mentir. Não me digam que não há qualquer treinador em Portugal que seja adepto de um clube. Adora-se o discurso politicamente correcto, por isso, o único que tem alguma simpatia por um clube grande sou eu. Felizmente tenho e não tenho vergonha de dizê-lo. Quando se falou do interesse do Sporting, houve quem escrevesse que não poderia ser treinador dos leões porque tinha confessado ser adepto do Benfica. Mas passado um tempo, com alguma felicidade, vi o João Pereira, que é um produto das escolas benfiquistas, ingressar no Sporting. Ainda bem que o Sporting o contratou.»