O incidente que causou a morte a oito pessoas na segunda-feira, antes do Camarões-Comoros da Taça das Nações Africanas (CAN), deveu-se à abertura «imprudente» de um portão do estádio, revelou o governo camaronês.

O ministro do desporto daquele país explicou que o portão da entrada sul do recinto, palco da tragédia, «foi temporariamente fechado pela polícia (...) diante da forte afluência de espetadores (...), enquanto outras entradas do estádio continuavam operacionais».

«Perante a pressão exercida sobre estes portões, e esmagados por uma 'maré' humana, os elementos de segurança de serviço procederam de forma imprudente ao abrir a entrada sul, provocando uma grande confusão», prosseguiu.

Entre as vítimas mortais, estavam uma criança e duas mulheres. O governante admitiu que o número de elementos das forças de segurança era «insuficiente», mas também apontou críticas aos portadores de bilhetes falsos e usados, bem como com aos adeptos que tentaram entrar sem ingresso.

Na terça-feira, a Confederação Africana de Futebol (CAF) abriu um inquérito ao incidente e o Estádio Olembé, em Yaoundé foi retirado do calendário dos jogos dos quartos de final da CAN.

«Se essa porta tivesse sido aberta como deveria, não teríamos o problema que temos agora, essas perdas de vidas. Quem fechou essa porta? Quem é o responsável por essa porta?”, questionou o presidente da CAF, Patrice Motsepe.

O dirigente anunciou ainda algumas medidas de reforço de segurança, tais como, o aumento do número de entradas, o destacamento de mais polícia, a instalação de pontos de triagem acrescidos, um acesso em ziguezague às filas que levam aos portões e a proibição de entrada a menores de 11 anos.