Começa esta sexta-feira a Taça de África das Nações 2006. Nesta 25ª edição da grande competição de selecções do continente africano, que decorre até 10 de Fevereiro, estarão frente a frente algumas potências determinadas a fazer esquecer o fiasco da qualificação falhada para o Mundial-2006 e outras que conseguiram o bilhete e fazem a «rodagem» para o Verão.
Estão 16 selecções em competição, com forte sotaque português e com maioria de jogadores a actuar na Europa, onde os clubes suspiram pela ausência de elementos importantes nas suas equipas em fase crucial da temporada, mas também não perdem a oportunidade de manter observação atenta sobre as estrelas ou as revelações que vão evoluindo em prova.
Os Camarões, orientados por Artur Jorge e com Douala e Meyong na equipa, são candidatos naturais, e uma das equipas com expectativas redobradas, depois de ter ficado dramaticamente às portas do Mundial. Na mesma condição partem Marrocos, a Nigéria, a África do Sul do portista Benni McCarthy ou o anfitrião Egipto, que irá tentar fazer valer o factor-casa, que na CAN tem pesado e muito: nas anteriores 24 edições apenas por 10 vezes venceram selecções que não eram anfitriãs. Na lista de favoritos inclui-se também naturalmente a Tunísia do vimaranense Benachour, que defende o título conquistado em casa na última edição.
Angola, adversária de Portugal no Mundial-2006 depois de ter conseguiu uma qualificação histórica, é sem surpresa a selecção com maior contingente de jogadores a actuar em Portugal: Mantorras (Benfica), Edson (P. Ferreira), Figueiredo e Mendonça (Varzim), Marco Abreu (Portimonense), Kali (Barreirense) e o guarda-redes João Ricardo, agora sem clube.
O campeonato francês é aquele que tem mais jogadores na CAN, cerca de sete dezenas, sendo perto de 60 por cento os jogadores em prova a actuar na Europa.