O seleccionador de Angola, Manuel José, prometeu neste domingo apresentar uma estratégia de ataque, frente à Argélia, no último jogo da primeira fase do Campeonato Africano das Nações. O técnico português sabe que lhe basta um empate para chegar aos quartos-de-final, mas não arrisca jogar para o empate, de modo a «dar ao povo aquilo que ele deseja».
Angola apresenta-se limitada, devido a lesões, algo que o treinador já adivinhava. «Eu alertei há seis meses, quando peguei na equipa, para as dificuldades que enfrentaríamos, nomeadamente a falta de ritmo competitivo de vários jogadores», começou por referir, em conferência de imprensa. «Seis dos titulares fizeram apenas dois jogos com este grau de intensidade nos últimos quatro meses, e isto tem um custo e esse custo são as lesões», acrescentou Manuel José, citado pela «Lusa».
Dois dos futebolistas mais importantes da equipa, Gilberto e Flávio, estão em dúvida para a partida. O esquerdino e o avançado foram orientados por Manuel José no Al Ahly e mesmo com o antigo seleccionador, Oliveira Gonçalves, foram peças fundamentais da equipa. Mesmo sem a dupla, o treinador português garante que «aqueles que entrarem em campo jogarão para ganhar» porque assim o prometeu.
«Vamos entrar em campo com essa certeza e com o espírito de vitória, que é aquilo que temos apregoado nos últimos seis meses, desde que pegámos na selecção, e que é jogar olhos nos olhos com qualquer equipa, praticando bom futebol e tentando ganhar o jogo», salientou, para depois considerar a Argélia, que se qualificou para o Mundial-2010, como «uma equipa forte, apesar das oscilações». Os argelinos perderam com o Malawi por 3-0 e venceram o Mali pela margem mínima.
Manuel José declarou que Angola é quem pratica o melhor futebol do CAN e espera que se esqueça o empate com os malianos, depois de aos 79 minutos os Palancas Negras estarem a ganhar por 4-0: «O que conta mais é que praticámos um futebol de altíssimo nível frente a um Mali cheio de estrelas. Conseguimos banalizar o adversário antes de perdermos a concentração e acusarmos o desgaste natural para uma equipa sem ritmo competitivo.»